quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Bolhas de sabão


Brincava eu com a Iza ontem a noite e tive a súbita idéia de preparar água. Vontade de bolhas de sabão. Foi a primeira vez que brincamos disso. Ela corria loucamente atrás delas. Queria tudo ao mesmo tempo. Soprar, pegar, estourar. um sorriso tão bonito. E eu, babando. Coisas de mãe.

Em meio ao corre-corre da minha linda menina fiquei pensando em como situaçõe e coisas tão passageiras podem ter significados tão especiais.

Pra variar, com a lembrança fixa desses instantes na mente, escrevi um poema.

Beijos orvalhados

Bolhas de sabão


Azuis vermelhas roxas

Amarelas verdes anil

Arcos balenos diversos

Inspiradores de versos

Etéreos aéreos

Translúcidos fugazes

Existenciais

Sinais de guerra e paz

Dispersos

Quase banais.


segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Iniciativa x Pele x Vontade

Iniciativa é algo que por vezes me disseram que não tenho. Sou obrigada a concordar com boa parte dessas pessoas, mas num geral, a iniciativa falta por motivos externos.
Como: pessoas presentes, situações complicadas, pessoa envolvida, local, entre outros.

Pele é complicado, porque para ter pele, não necessariamente precisa ter sentimento, basta saber que é bom, que arrepia, que dá tesão. Pele não precisa de explicação, justificativa, nem nada parecido. Quando se tem pele com alguém, não adianta falar que tão cedo não fará, porque quando chegar perto, falar não, vai ser difícil. Vai rolar vontade.

Vontade. Falar que vontade é algo que dá e passa, é a maior balela que já ouvi. Amiga (o), se não der, não vai passar, não tem jeito, desculpa. E não adianta tentar qualquer um, pois seria a mesma coisa que querer comer churrasco, e só restar a farofa. Entende a diferença? Quando se tem vontade, ela é de algo especifico. Na hora você pode até não saber de que, mas é só comer outra coisa, para perceber que não era daquilo.

Vontade é olhar para aquele alguém, e conseguir dizer que você quer com o olhar. Pele é chegar perto desse alguém, e dar aquele choque gostoso, aquela “vontade” de agarrar. E iniciativa, é fazer tudo o que sua vontade e pele pedem. É se entregar a essa coisa louca, esse desejo. É fazer acontecer.

Tem gente que ao tomarmos a iniciativa, percebemos que não rola pele, e que a vontade não era tanta assim. Tem outras que temos vontade, mas não conseguimos ter iniciativa, e quando acontece, percebemos que não rola pele. Agora quando rola pele, pode até ser que vez ou outra não se tome iniciativa, mas é impossível não sentir vontade.

Para finalizar a “viagem” tenho um pedido / apelo / qualquer coisa a fazer. Se não der pra concluir o ato, tendo pele e vontade, não tomem a iniciativa, pois querendo ou não a coisa toda só triplica. Já ouviram dizer que “meia foda” é pior que foda nenhuma? Pois é. Rs.

Beijos a todas (os).

P.s. Pessoinha que inspirou o texto. Quero a continuação da prévia, viu? Rs.

A ferro e fogo

Limites existem para todas as coisas; dá até pra calcular o limite do infinito, como diriam os físicos e matemáticos. Só que nem todos estamos prepatados para lidar com essa coisa de fim, impedimento, limite...
É, quase sempre, mais fácil adotar posturas extremas para as questões que requerem mais paixão, mais tesão da nossa parte. Por isso é tão comum ver as enormes barbaridades que se fazem "em nome" do amor ou de uma crença, ou porque alguém nos tratou mal. Crimes passionais, atentados a bomba, franco atiradores em escolas e tantas coisas mais, tudo com uma suposta justificativa.
Basta que algo ou alguém seja diferente para ser "motivo" de intolerância. A partir daí, como diz a expressão popular, tudo se leva "a ferro e a fogo". Interessante nessa expressão é pensar que, num primeiro momento, só lembramos que o ferro é firme, duro, resistente e que o fogo seria o outro lado da força, não é?

Ninguém se atenta para a relação de dependência entre eles, porque pouca gente se recorda que o ferro só é ferro por causa do fogo. Não só pela têmpera que o calor dá ao metal, mas também pela maleabilidade que o ferro tem que adotar na presença do fogo.

Aquecido o metal, ele pode ser moldado naquilo que desejamos ou permitimos. Espada ou ferradura, escudo ou barra, quem molda é a mão do homem que trabalha o malho e depois lança a peça à água. Ou seja, o ferro só endurece depois de frio.

O que estou tentando dizer é que quando estamos expostos a situações limítrofes, ao calor dos ânimos, somos susceptíveis a perder a forma original do nosso caráter e nos deixarmos moldar pela paixão do momento em algo que realmente não somos. Perdemos a noção das coisas, até de nós mesmos, às, vezes. Passamos dos limites.

Mas, assim como não é culpa do fogo aquilo em que o ferro se converte, também não é a situação que deve determinar nosso procedimento e sim o contrário. Afinal, é o homem quem concede a forma ao metal aquecido.

Se seremos adaga, escudo ou elo de corrente, cabe a nós, não ao outro (por mais que esse outro seja o estopim de uma situação acalorada). Então, amad@s... só nos resta exercitar um pouco de paciência, afinal, depois que o ferro esfria, ele não volta a ser mais o que era.

Deixo vocês com uma música que amoooooo do fundo do coração.

Beijos orvalhados.

Paciência

Composição: Lenine e Dudu Falcão

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...

Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...

A vida não pára!...
A vida é tão rara!...

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Quem me entende?

Foi essa a pergunta que me fiz há uns momentos atrás.

Namoro recém terminado, estava eu visitando o fotolog de uma das minhas amadas criaturinhas e li uma postagem bem fofa dela pra cara metade. E isso me deu vontade de estar com alguém.

Claro que não vou aqui descrever as circunstâncias em que esse namoro terminou, mas, cabe uma reflexãozinha sobre a minha pessoinha. Caramba... agora que estou "livre", dá vontade de ter alguém...? kkkk.

Acho que isso é aquele eterno não saber lidar com a sensação de solidão. Aliás, a tenuidade da linha que separa liberdade e solidão é espantosa.

E esse medo de estar só é um problema bem frequente hoje em dia. A gente não sabe mais essas coisas. Outro detalhe é que estar só não quer dizer o mesmo que ser solitário.

Tem gente solitária aos montes, tomando anti-depressivo no meio da m
ultidão. E tem quem se faça uma companhia muito boa. Pois eh... penso que por agora o que preciso mesmo é me acostumar com a minha companhia. Porque, fui presenteada com minha filha linda, amig@s maravilhos@s e um tantão de coisas para me ocupar a mente.


Claro que não gosto de carregar o candelabro para os outros. Velas queimam quando a parafina pinga nos dedos. Mas que coração aguenta essa vida a 1000 por hora que todo mundo quer que a gente viva emocionalmente? Tem sempre alguém para fazer cara de pena quando a gente está sem ninguém e também tem quem te mande largar mão de namorar. Vai entender, não é?

Entender... é isso que ando precisando. Não aos outros, mas a mim. Mas, cada dia mais fico com a certeza de que essa é tarefa para uma vida toda. Mesmo porque... para que a pressa, não é? Tenho todo tempo do mundo para me entender e para encontrar ou ser encontrada por alguém.

Que venha o tempo. E que ele comande.

Beijos orvalhados


quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Palavras?!

Palavras... quem as tem depois de ler algo como isso que está logo abaixo da postagem de hoje?

Eu até penso que lido bem com elas na maior parte das vezes... mas desde segunda-feira estou pensando e pensando no que escrever para agradecer ao que a Menina escreveu. E, como já era de se esperar, elas todas (as palavras) fugiram de mim e se espalharam brincando de esconde-esconde.

Tentei achar um punhado delas que, colocadas numa certa ordem, conseguissem exprimir o que as lagrimas falaram quando terminei de ler a postagem. Não consegui. As borboletas me povoaram o estômago e a mente.

Toda vez que releio fico sem ação. Mas não poderia dar a impressão de não ter lido a homenagem, ou pior, de não ter sido tocada por ela. Fui sim!! Grandemente tocada. E, exatamente por isso não sei ao certo o que e como dizer.

Aliás, nem sei se mereço todo o carinho. Independente disso, entretanto, as expressões que preciso fazer conhecidas de todos são as seguintes:

Obrigada!
Gracias!
Danke!
Grazie!
Thanks!

Beijos orvalhados a todos que se lembraram (orkut, msn, tel etc, etc)

Amor e gratidão sinceros... SEMPREEEEEEEEEEEE

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Pequena homenagem, à uma pessoa gigante.

Hoje é aniversário de uma figurinha extremante especial pra mim, a dona do entrelinhas. Pensei em inúmeras coisas pra escrever, e por fim, em todas elas me fugiam as palavras. Talvez porque, o que eu sinta pela Dew, não tenha uma definição certa, ou as palavras simplesmente não sejam suficientes.
Conheci essa mulher "por acaso", ou por ciúme, não sei ao certo. Sei que hoje tenho a certeza, que foi uma das minhas melhores descobertas do site que freqüentávamos.
A Dew é alguém de um astral incrível, de uma voz extremamente linda (a mais bonita que já ouvi, lembra?), com um poder de compreensão, uma inteligência, e paciência impar.
Alguém que já me ouviu rir, já me ouviu chorar, que conhece o meu humor, e sente as minhas necessidades, ao primeiro "oi".
A Dew é a super mãe que um dia eu quero ser, é a super amiga que eu tento todos os dias me espelhar, é a mulher guerreira, que trabalha, que batalha, que cria, que estuda, que brinca, que faz de tudo. É o super pai e super mãe que a MINHA pequena poderia querer. Pois só um ser assim tão fantástico, pra criar, e educar tão bem uma criaturinha tão encantadora, que com um oi, uma gargalhada gostosa, um "beijo, tchau" ou "é minha vez" derruba toda a armadura que às vezes me coloco.
Enfim, por isso e muito mais a dona desse cantinho, tão especial pra mim, merece hoje e sempre, um super Parabéns. Merece toda a felicidade que esse mundo puder trazer, e merece sempre, muito e muito mais.
Dew, Feliz Aniversário de coração, tudo de melhor na sua vida, e conte sempre com essa Menina boba que Ama muito você.

Beijos.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Um dia quem sabe

Nunca considerei escrever no meu blog ou no entrelinhas uma obrigação, até porque o dia que isso acontecer, eu simplesmente paro. Escrevo porque gosto, alivia, ou como a dona deste diz, “exorciza”.
Não tenho escrito, não por falta de assunto ou algo do tipo, mas sim por não conseguir organizar os pensamentos.
Li em um blog hoje, coisas sobre sinceridade, sobre sentimentos, e não tive como não pensar, no quanto não tenho sido sincera com os meus.
Não sei i quanto gosto de algumas pessoas, não sei até onde vai esse gostar, mas vi que não tenho procurado entende-los.
Disseram um dia que eu reajo as situações ao invés de agir, e acredito que esse alguém tenha razão. Reajo as situações, a pessoas, conflitos (internos ou não), reajo tanto, que ando sem controle das ações e emoções.
Pensei muito nas ultimas semanas em fugir do caos, mas hoje vi que ele está aqui dentro, e longe ou perto das pessoas ele vai continuar aqui, se eu deixar.
Queria conseguir ser sincera comigo, a ponto de olhar no espelho e apontar os erros, mas o medo da verdade assusta.
Pois é, o medo também é algo que me incomoda. Medo de tanta coisa que as vezes nem eu sei o que, mas num geral, principalmente medo de mim.
Penso muito em não magoar as pessoas, mas não consigo pensar da mesma forma quanto a não me magoar.
Sei que a pessoa que mais me incomoda, sou eu mesma, e quando percebo, volta aquela maldita vontade de sumir de mim, mas pra isso também eu sou fraca.Um dia aprendo a ser melhor, um dia quem sabe aprendo a me entender e me importar realmente comigo, e um dia se o Cara lá de cima me ouvir eu paro de tentar entender e me importar apenas com os outros.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Mais alguma coisa sobre borboletas

Admiro profundamente esses frágeis e magníficos seres e todas as simbologias que os cerca.


MUDANÇA VIDA NOVA SUPERAÇÃO


Entre tantas outras coisas.



Ouvia eu Luciana Mello, pra sentir uma pessoinha perto de mim e passei a reparar com mais atenção na letra dessa música aí embaixo... E, olhando para essa nova (boa) fase que parece se iniciar para mim, descobri que a canção fala muito a meu respeito.

Beijos orvalhados





Borboletas


Luciana Mello


Composição: Indisponível


Borboletas são tão belas o que seria delas

Se não pudessem voar?

O céu e as estrelas não poderiam vê-las passar

Lá fora eu vejo um mundo

E sinto lá no fundo

Que aqui não é o meu lugar

Eu sou pequenininha e fico aqui sozinha a sonhar

O meu coração me diz

Que um dia vou ser feliz

Voar para bem longe como eu sempre quis

Um dia eu tive a chance de ter ao meu alcance

O que fez transformar

Sonho em realidade, escuridão em brilho no olhar

Eu vi que na verdade

A dor um dia pode ter fim

Achei a liberdade, ela tava dentro de mim

O meu coração me diz

Agora eu já sou feliz

Voei para bem longe como eu sempre quis

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Boas coisas

Sempre ouvi dizer que "coisas boas acontecem às boas pessoas ". Dia desses, fiquei pensando nessa frase. E, como naum me considero uma boa pessoa (longe estou de Gandhi, Madre Teresa, Padre Cícero, entre outros), logo o silogismo se fechou com a conclusão de que eu não merecia que coisas boas acontecessem comigo (estava vivendo dias de uma angústia sem motivo).


Mas se minha lógica e minhas premissas estivessem corretas, como justificar a filha maravilhosa que tenho? E os lindos amigos e amigas de longe e de perto?


Ou ainda... como explicar o presente maravilhoso que um amigo me ofertou e que, aliás, desencadeou essa série de cogitações?


O PRESENTE....
Luciano e eu nos conhecemos de anosssss. Ele sempre teve dom para a escrita. Tem poemas ótimos e contos lindos. Já lançou um livro de cada, inclusive. Sempre mostrei a ele meus escritos, minhas tentativas de poemas. Semana passada (na quarta, fomos ao shopping e eu lhe mostrei o que seria o "boneco" do meu livro de poemas. Até aí tudo bem. Dois dias depois ele me telefona no trabalho e me fala que vai bancar uma pequena tiragem (simbólica) para podermos fazer um lançamento conjunto (um livro dele, o meu e o de um amigo nosso).


Me emocionou a atitude dele (sempre emocionará) num país como o nosso em que literatura não dá dinheiro (nem camisa, como diria meu pai), em que somente os mais vendáveis sobrevivem, ele abriu mão de um percentual de seus próprios exemplares para publicar meus poemas.


E me vi às voltas com o pensamento do mérito. Ele sempre ralou muito na vida pra publicar seus trabalhos. Seria eu merecedora desse presentão?


Jamais deixarei de agradecer a ele por tamanha generosidade!!!
Vou parando por aqui... porque uma coisa boa dessas ficará imortalizada em mim, independente de merecê-la ou não...
Beijos orvalhados