sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Tenho cara de que?

Tenho cara de que? (By Srta Leonina Portella)

A Dona deste blog me pediu certo dia para que eu escrevesse um texto com este título.

Bom, demorei muito para terminar, confesso, porém acredito que não poderia existir um momento melhor para entregar-lhe, minha Cara.

Sinceramente não posso usar o termo “tenho cara de que?” para te definir fisicamente, até mesmo porque, nunca nos vimos pessoalmente, e a fotos não dizem muito pra mim, gosto mesmo é de olhar nos olhos. Então vou usar o pouco conhecimento que tenho sobre ti.

Como te definir?

Uma pessoa misteriosa, direta, séria, discreta, tímida, reservada, segura de si, inteligente, intrigada, curiosa, determinada, delicada, sensível, cuidadosa, carinhosa, virginiana (desastrada... hehe), sistemática, dedicada...

Essas são algumas das características que encontrei em você, na primeira vez que conversamos, e, diga-se de passagem, foi uma longa conversa.

Sendo assim, quando me pediu para definir o termo “tenho cara de que?”, eu diria simplesmente que você tem a cara de uma mulher determinada, que sabe o que quer da vida, mas que se perde em seu mundo, ficando sem chão na maioria das vezes, por não acreditar no próprio potencial. Vive muito preocupada com os outros e esquece de si. Segue muito o coração e a intuição aguçada, e esquece que, às vezes, quem manda é a razão.

Assim te vejo, não sei se estou certa, mas é essa forma generosa de ser que lhe torna essa mulher tão especial que é, que me encantou e que encanta aqueles que sabem admirar uma personalidade forte.

Bom, fico por aqui, espero sinceramente que goste, pois coloquei as mais verdadeiras palavras que vieram da minha razão e do meus coração.

Tenho um enorme carinho por ti, e sempre que precisar conversar com alguém, estarei por perto, mesmo que só em pensamento.

Beijos Felinos...

Ps.: Estou aguardando um "Tenho cara de que?" também. rs

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Cansei.

Hoje tudo o que eu queria, era poder ficar quietinha no meu canto, me fechar dentro de uma concha pra não ver os olhares piedosos, pra não responder perguntas obvias vindas de pessoas que obviamente não se importam.

Cansei de levar a culpa pelos problemas dos outros, uma vez que não dou conta nem dos meus.

Cansei de ouvir das pessoas que mais importavam que eu não sou capaz, e parabéns, vocês conseguiram me fazer acreditar nisso.

Cansei de tentar ajudar todo mundo, e perceber que definitivamente eu só consigo isso, tentar... e tentar, nós bem sabemos que não é o suficiente. Passo a bola então, a quem consiga de fato.

Tenho tido nos últimos dias/meses, pedaços instantâneos de felicidade, e as pessoas que me ajudam a tê-los, sabem quem são. Obrigada por estarem presentes, e por serem presentes na minha vida.

Ontem me disseram, que não posso querer abraçar o mundo com braços assim tão pequenos, mas nunca tive a intenção de fazê-lo. Gostaria apenas de conseguir fazer algo por mim, e pelas poucas pessoas que me são raras.

Estou saindo de cena, estou me fechando no meu pequeno mundinho, e gostaria muito que vocês, que sabem o quão especiais são pra mim, não esquecessem nunca que independente de qualquer coisa, eu amo vocês.

P.s. Anjo, não se esqueça da promessa.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

do espírito...

Alma, espírito, ser, energia... os nomes são muitos... mas o que geralmente queremos nomear é essa existência que, insistimos em afirmar, extrapola o que é físico, palpável.


Crenças religiosas a parte, é normal ouvirmos pessoas comentando sobre impressões "gratuitas" acerca de alguém que acabaram de conhecer ou a respeito de afinidades tão fortes que são capazes de dizer que conheciam a pessoinha de anos e anos. Normal, também, é não sabermos explicar porque essas situações acontecem.

Alguns afirmam, sem pensar duas vezes que é coisa do destino; outros juram de pés juntinhos que é coisa das vidas passadas; uns ainda que foi o "astral", o "cosmos".

Exatamente por serem acontecimentos que temos poucas ferramentas para explicar, uma vez que a pura razão não se mostra eficiente nesses casos, ficamos muito intrigados com ocorrências do tipo "fique longe dessa guria", "mas vc nem conhece direito", "não sei explicar, só sei que é melhor se afastar" e, um tempo depois, somos obrigad@s a reconhecer que deveríamos ter dado ouvidos... o bom e velho "eu te disse" é quase inevitável, não é mesmo?



Outra pergunta quase impossível de deixar de fazer é "Por que algumas pessoas simplesmente sabem? Como isso acontece?". Longe de tentar responder a perguntas existencialmente complexas como essas, pretendo mais dizer da minha admiração por quem tem essa percepção / dom / habilidade / energia / empatia espiritual, ou dê a essa ocorrência o nome que preferir.



Sempre sigo minha intuição/ sexto sentido/ consciência / whatever e raramente me arrependo. Tento, muitas vezes ajudar quem esta por perto quando tenho algum a impressão negativa sobre um fato ou pessoa, para não necessitar usar o “eu te disse”.

Acho até que exatamente por exercitar a confiança nessa aparentemente impalpável capacidade de ler um pouco mais das “coisas” que elas acabam se “mostrando”, dá pra entender?


Quer chamar de fé? Pode até ser esse o nome. Eu prefiro dizer que não descreio.



Aliás... creio sim q existe um mundo invisível aos nossos olhos (e não estou falando de bactérias nem micróbios), um que seja e que compreenda mais do que sonha nossa vã filosofia, como diria Shakespeare, afinal, como afirma um dos meus autores favoritos...



Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.



Antoine de Saint-Exupéry



Beijos Orvalhados

terça-feira, 14 de outubro de 2008

"Meio assim, sei lá"

Ontem me disseram que eu estava meio assim, sei lá, e como tudo o que me dizem, me faz pensar, eu acabei "gastando" um bom tempo tentando entender, o que ela quis dizer com isso.
Estar "meio assim, sei lá" é um tanto quanto vago, não? Talvez isso tenha me tomado mais tempo.
Será que eu estava "meio assim" triste?
"Meio assim" cansada?
"Meio assim" desanimada?
"Meio assim" tudo isso?
Hoje percebi que talvez eu esteja mesmo, ainda que não saiba o que, direito. Algumas pessoas me perguntaram por que eu estava quieta, séria, e afins.
Acho na verdade que cada um tem uma definição pra expressão usada pela minha amiga, mas ninguém sabe definir de fato o meu humor (ou a falta dele rs).
Tudo isso pode ser carência, pode ser cansaço, pode ser tanta coisa que nem eu sei entender, que dirá explicar.
Só o que sei (ou não), é que não é bacana sentir ou ficar assim.
Ontem disse a ela, que talvez seja apenas por ser um para-raio de emoções, e acabar sentindo o que pessoas queridas sentem. Mas hoje, acredito que não seja apenas isso.
É fato que quero ver essas pessoas queridas bem, e se fosse preciso tomar tudo pra mim, eu o faria. Mas acredito também, que para conseguirmos de fato ajudar uma pessoa, temos que estar bem conosco, não?
De qualquer forma, continuo seguindo em frente, e segurando a mão dos amigos, pra que possa continuar caminhando, e ajudando-os na travessia.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Dúvidas e Certezas

Hoje faz dois meses que acabou, e agora eu já consigo ver as coisas, um pouco melhor.
Não sei ainda dizer com certeza, os motivos de ter terminado, mas já consigo apontar possíveis falhas do durante.

· Talvez se não fossemos tão apressadas em assumir o compromisso;
· Talvez se eu não tivesse me apaixonado e demonstrado desde o início;
· Talvez se os passados não incomodassem tanto;
· Talvez se não precisássemos nos esconder por tanto tempo;
· Talvez se eu tivesse feito algo quando vi que não estava bem;
· Talvez se eu tivesse mais paciência, como um dia me pediu...

São muitos os “talvez”, e poucas as certezas em relação a tudo isso. Não posso negar, que entre as certezas estão:

· O fato de que você me faz bem;
· A química é foda;
· A gente se entende independente de qualquer coisa;
· Os olhares continuam dizendo muito;

Mas principalmente, não tenho como negar, que:

· As esperanças de volta, acabaram nesse fim de semana.

Queria ter feito muita coisa diferente, mas eu sei que não é mais possível voltar atrás, e que talvez, nunca dependeu de mim.
Tudo o que peço hoje, é que se cuide que fique sempre por perto, e que não se incomode se vez ou outra, eu escorregar.

Adoro você, Leãozinho. E isso é algo que certamente não vai mudar.
"Head over feet"
I had no choice but to hear you
You stated your case time and again
I thought about it

You treat me like I'm a princess
I'm not used to liking that
You ask how my day was

(chorus)
You've already won me over in spite of me
Don't be alarmed if I fall head over feet
Don't be surprised if I love you for all that you are
I couldn't help it
It's all your fault

Your love is sick and it swallowed me whole
You're so much braver than I gave you credit for
That's not lip service

(repeat chorus)

You are the bearer of unconditional things
You held your breath and the door for me
Thanks for your patience

You're the best listener that I've ever met
You're my best friend
Best friend with benefits
What took me so long

And I've never felt this healthy before
And I've never wanted something rational
And I am aware now
And I am aware now

(repeat chorus)

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O Silêncio.

Ontem em uma conversa de bar, me fizeram pensar no meu silêncio.

Estranho? Talvez, mas vou explicar.

Estávamos sentados em uma mesa de bar, quando um amigo me diz:

- Menina, porque você está quieta assim? O que você está tramando?

- Não estou tramando nada, rs. – respondi.

- Você quieta assim, boa coisa não saí. – ele.

- Não é nada menino. – e me calei outra vez.

Não tive como não pensar no comentário dele. Não estava tramando nada, estava apenas pensando em algumas coisas que tinha ouvido ali. De fato, quando fico quieta demais, estou pensando muitas coisas, mas não necessariamente, tramando algo.

Meu silêncio é algo que incomoda muita gente, mas ele às vezes é inevitável.

Penso muita coisa que não devo ou não procede nele, e às vezes tramo uma coisinha ou outra, mas não é sempre assim, tem horas que me calo, apenas por não saber o que falar. Simples assim.

Não fico calada de propósito, ou pra irritar alguém, mas por vezes prefiro ouvir as outras histórias, os outros comentários, ou apenas me perder dentro do meu próprio mundinho.

Confesso que nem sempre gosto do que penso, perdida dentro de mim, e confesso que simples e “inocentes” comentários, me fazem pensar e muito.

Estou tentando “trabalhar” o meu silêncio, estou tentando não me perder nesse mundinho em público, mas assim de qualquer coisa, estou pensando muito, no quanto preciso de algumas mudanças na minha vida.

Quem me conhece há mais tempo, sabe o quanto as mudanças me assustam, mas por vezes, elas são necessárias, e as minhas tem que começar logo.

Então, se por acaso, algum de vocês me encontrar calada, não se assuste, não se preocupe e não se irrite. Sou apenas eu, perdida no meu mundinho, tentando me achar.