quarta-feira, 23 de novembro de 2011

AMOR ZODIACAL

E o teu ferrão,

Língua afiada,

na minha boca,

Injeta em mim

O teu veneno


E o impacto

Dessa onda

De carne rubra

Me faz sentir

Provar, sugar

A doce dor

De um escorpião.


E minha pele

Expele o câncer

De ser virgem

Vítima imolada

Nas balanças

Dos teus altares



E trazes a mim

As luas novas

Dos teus gêmeos

Olhos a mostrar

Constelações

De prazer, de touro

Viril me apassivando.



E a ameaça

De tua fome, leão,

Ruge aos meus

Ouvidos que,

Cheios de tua

Trama oral

Me tornam

Cálice, ventre

Vulcão.



E só aos astros

Permitimos

Interferir, olhar

Cobiçar, invejar

A dança dos signos

Que nossas mãos

Tecem, em êxtase.


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Presentinho mais que bem-vindo

Conselhos de Luiz Gasparetto

...´ Nunca tenha medo de se sentir diferente de ninguém. Veja bem: você está aqui para fazer a diferença! É por isso que a vida é linda – pelas diferenças, a coragem de assumir o próprio eu. Se o mundo aceita ou não, isso não importa. O principal é você se aceitar. Dessa forma, você estará protegida e no caminho da evolução!´

Obrigadão, Selminha!!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Tudo começa com...

um beijo molhado

uma língua que se apresenta ao trabalho

profundo, árduo, penetrante

respiração que se altera

a cabeça mudando de lado

sem separar os lábios

mão na nuca

outra no seio

pressão do corpo

há uma parede

para depositar

os tremores do corpo

a intensidade das sensações

o aroma do perfume que exala feromônios

acrescentando desejo ao contato físico

e os poros gotejam pedidos de que nada pare

os passos se movem para o reservado quarto

as mãos se apressam em obedecer o comando

de liberar a pele para sentir

e os pelos para eriçar

não está frio, mas os arrepios são visíveis

os corpos solicitam o calor alheio

a nudez das almas se completa

e o beijo se torna doce

o que eram dois agora é uno

as carnes confusas

confundem o ar que se adensa

aroma inconfundível

de prazer se desprende

em movimentos delirantes

enquanto mãos percorrem

as bocas sugam, as línguas secam e molham

as gargantas gemem

e cabeças pendem

cinturas, quadriz, pernas

brincam um bambolê inexistente

não há pausas

apenas o ritmo frenético de amantes

úmidos lencóis testemunham a declaração

física do prazer a brotar dos corpos

que se olham e devoram com íris em fogo

tudo são suspiros ofegantes

e um novo beijo se prolonga

é selada a paz nessa batalha

carícias são trocadas

a respiração quer desacelerar

os corações batem como loucos

e o fogo do olhar se converte em pluma

que toca o ser amado juntamente

com as pontas dos dedos que ainda tremem

a boca se dedica ao sorriso

e abrindo-se levemente

deixa escapar o sentido de toda essa dança

"Amo-te, te amo, amo você"

segunda-feira, 20 de junho de 2011

True Colours - Uma música como poucas.

Cyndi Lauper


You with the sad eyes
don't be discouraged
oh I realize
it's hard to take courage
in a world full of people
you can lose sight of it all
and the darkness inside you
can make you fell so small

But I see your true colors
shining through
I see your true colors
and that's why I love you
so don't be afraid to let them show
your true colors
true colors are beautiful
like a rainbow

Show me a smile then
don't be unhappy, can't remember
when I last saw you laughing
if this world makes you crazy
and you've taken all you can bear
you call me up
because you know I'll be there

And I'll see your true colors
shining through
I see your true colors
and that's why I love you
so don't be afraid to let them show
your true colors
true colors are beautiful
like a rainbow

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Adeus Atlas!!!

Olá,

Faz um bom tempo em que não publico meus pensamentos aqui no entrelinhas. Muitos sabem que o grande motivo para esse afastamento foi a aventura de querer me tornar mestre. Confesso que essa empreitada foi menos pelo título que pela possibilidade de voltar a fazer uma das coisas que mais me proporcionam prazer nessa vida: lecionar na universidade.

Escolhi, para isso, me pós-graduar. Primeiro a especialização. Essa foi um fardo até leve, que me deu a falsa impressão de que o processo da pós pudesse ser todo assim. Tudo bem que posso ter me superestimado, reconheço e faço, aqui, um mea culpa.

Mas, sorte e destino, a parte, saltei nos braços do mestrado pensando que ele me levaria a algum lugar, sem ponderar que ele só me segurou no período entre a matrícula e o início das primeiras aulas, pois, depois disso, era eu quem deveria levar o mestrado adiante.

Sem querer parecer a pobrezinha, oprimida pelo peso das coisas, afinal estar nessa condição fora escolha minha, algumas vezes me senti próxima ao titã Atlas.

Só para refrescar a memória de alguns, a mitologia grega dá conta de exemplificar essa sensação com a punição do líder de uma revolta contra Zeus. Sua tarefa seria sustentar a curvatura do céu pela eternidade.

Houve apenas uma vez, no entanto, em que Atlas conseguiu dividir o fardo do mundo com outra pessoa. Hercules, para realizar um de seus doze trabalhos, teve que trocar de lugar com o Titã.

Mitologia a parte, houve mesmo momentos em que muita coisa não deu certo, me fazendo crer que era um peso maior do que eu seria capaz de suportar. Ainda bem que sempre há alguém capaz de ajudar a dividir o fardo. Aproveito para agradecer aos amigos e amigas, à família, ao amor.

Pra mim vocês são todos mais forte que o Hércules. E o meu amor por cada um não cabe neste post.

Aliás.... durante muito tempo, me acostumei a responder “Sim, mestre”, de segunda pra cá estou tendo que aprender uma nova resposta... “Mestre?! SIMMMM”.

Beijos orvalhados a todos.