Abrir mão... às vezes é necessário.

Sempre existem textos que falam mais alto que palavras.

Este texto vai pra uma menina, que amo de paixão.


Fique bem, menininnha.

Amar a rosa

Amei uma rosa e apreciei seu perfume.

Amei uma rosa e admirei seu tom.

Amei uma rosa e espalhei sua “semente”.

Amei uma rosa e desejei possuí-la eternamente.

Por amor à rosa peguei algo cortante.

Por amor a ela apertei suas bases.

Por amor à rosa feri sua estrutura.

Por amor a si, ela me feriu.

Por defender-se, a rosa cravou-me um espinho.

Compreendi a rosa e deixei que assim fosse:

Rosa, perfumada, efêmera e com espinhos.

Por amor à rosa abri mão de possuí-la

Amantes

E meus olhos te viram.

E meus lábios te tocaram.

E meus dedos penetraram
Teus segredos
Como quem, mãos postas,
Eleva aos céus uma prece.


E, sem saber, me fitavas.


E, com langor, me beijavas.


E possuías meus degredos,
Meus medos.
E gemias, olhos mudos.


De satisfação em satisfação,
Teus sentidos partiram.
Para longe da razão, do pensar
E do cogitar.


E só restou uma pele mista.


Em nossas unhas tingidas.


Em nossos olhos que viram


Em nossas bocas que beijaram


Em nossos dedos em Nirvana


Em nós.

ALGUM DIA SEREI GENTE GRANDE COMO ESSA GIGANTE DAS PALAVRAS.

VERSOS Q FALAM POR MIM....

PRA QUEM QUISER ENTENDER
Os versos que te fiz (Florbela Espanca)

Deixe dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer !
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.

Tem dolencia de veludo caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer !

Mas, meu Amor, eu não te digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz !

Amo-te tanto ! E nunca te beijei...
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz.

Depois de um tempo....

Depois de um certo tempo sem postar nada por aqui... estou de volta...
Motivada pelas oscilações que a vida dá. Algumas boas, outras nem tanto. Algumas previstas, muitas inesperadas. E assim sigo orvalhando meus caminhos tortuosos....
Afinal... I´m just a Dew...

Mas... como tudo na vida serve pra poesia (parafraseando Manoel de Barros)... lá vou eu...

Depois de um certo tempo os pelos se acalmaram.
Depois de um certo tempo as faces secaram.
Depois de um certo tempo os soluços cessaram.

Depois de um certo tempo os aplausos calaram.

Depois de um certo tempo só restei eu.

Depois do que era certo os templos ruíram.

Depois do que era certo as máscaras caíram.

Depois do que era certo os dentes rangeram.

Depois do que era certo só restei eu.

Depois do que era, Oz veio ao chão.

Depois do que era, não há terras ... só o nunca.

Depois do que era, não vejo mais.

Depois do que era, deixei de ser.

Depois

Depois

Depois e depois.

Hoje.

Só eu.

Eu.

Só.