quarta-feira, 30 de julho de 2008

Um bom "filho".....

Passando por aqui apenas pra avisa aos que sentiram a minha falta (se é que alguem sentiu tendo sempre os textos maravilhosos da Dew), que eu estou de volta.
De volta ao blog.
De volta a casa.
De volta ao convivio.

Deixo com vocês alguns dos comentários que mais tenho ouvido.

- Essa cidade agora pega fogo com você solta.
- Agora a gente vai pra farra.
- Você meu caderninho ou ainda tem o seu?
- Já tem outra em vista?

Mas pra minha surpresa o que eu menos tenho ouvido é:

- Você tá bem?
Prometo que esse texto foi só pra anunciar a volta, daqui uns dias coloco um texto decente. :)

sexta-feira, 25 de julho de 2008

As coisas e os lugares

No quebra-cabeças da vida não adianta tentar colocar as peças fora do lugar. O problema maior talvez seja descobrir os lugares certos. E algo muito curioso nessa brincadeira de encaixe é que o que menos se deseja, geralmente, é colocar a última peça, não é mesmo?
Bom... Brincar de montar e colocar as "coisas" em seus devidos lugares é algo que sempre adorei fazer quando criança. Acho até que desisti da arquitetura por causa do excesso de cálculos (nunca foram meu forte). Mas, devo reconhecer, que ultimamente as coisas estão bastante fora dos seus devidos lugares ao meu redor.
Contingências da vida? Não sei responder. Aliás... penso mesmo que minha função aqui nesse mundinho seja mais questionar do que obter respostas.
Por algum tempo pensei que tinha todas as respostas para os clássicos "de onde vim?", "para onde vou?", "existe céu ou inferno", etc, etc. Hoje em dia, naum tenho quase mais certezas e estou achando isso muito bom. Estou conseguindo errar mais e aprender melhor as coisas. E, uma das minhas poucas certezas, é que errar faz parte e só se consegue colocar as peças nos lugares ideais depois de tentar uma ou duas.....

Mas, meu tempo aqui na net tah terminando... snif...

Da próxima vez continuo minhas loucuras, ok?

Beijos demais

domingo, 20 de julho de 2008

Férias

Olá...

Faz uns dias que não apareço por aqui pra postar...

A razão disso é que estou em férias do trabalho... e da pós (finalmente)

Ok... isso significa que estarei meio sumida mesmo... pq estou às voltas com mudanças em minha vida.

De qualquer forma.. o que mais me interessa dizer, pessoinhas do coração, é que amo a tod@s vocês.

Beijos orvalhados da DEW

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Pau-de-fita

Entre laçadas,
Vão e vêm.


Entre passadas,
Compassos. Cem.


Entre meios e fins,
Poses. Refém.


Entre miradas,
Olhos de além.


Entrelaçadas
Almas tecem.


Antepassados
Clarins a soarem.


Entre corpos
Roucos a suarem.


Entre cortadas vozes
Entrecortados moveres.


Entremeados viveres
Emaranhando seres.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Entre Morganas e Guineveres


A mente ferve idéias
Cujo sabor é acre.
O cérebro, cadinho mágico,
prepara frases compensatórias, doces.
O corpo tece dedos, cabelos,
Orifícios, exercícios, ofícios.


A química dos amantes
Escorre, percorre caldeirões
De alquímicos falos em atos,
Em cadeias, candeias em halos.
A alma prestidigita encantamentos
Converte ao sacro profanações,
Conjurações aos inconstantes.


Druidas, feiticeiras, bruxas e magos.
Elementos carnais em práticas
Nada banais. Ebulições de abraços
Fermentações de fendas a jorrar
Humores, vetores, calores.
A atiçar dragões e enrijecer nexos.


Elos e correntes a pilar, nas
Reentrâncias do corpo, a alma nua
Que reza para a lua crescente
Seus desejos regados a parafinas
De velas a queimar a pele crua.


O corpo, a mente, a alma, o ar,
A terra, os céus e a fogueira
Das vaidades se fundem em ritos.
Vadios vasilhames de vilanias e
Vicissitudes e virtudes e vícios.


E, no caldeirão das misturas,
Fazem de fluidos novas criaturas.
Artes secretas em cavernas, gretas.
E o chumbo, o mercúrio, o fósforo
Convertem-se em enxofre, em pólvora.
E, por fim, tudo que resta
É esta aresta em polvorosa.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Teoria



Há um tempo atrás, neste mesmo blog, foi ao espaço virtual uma postagem chamada "Teorias de uma quase náufraga". Teoricamente, apenas mais um pouco de mim por aqui. Mas, esta semana, estava eu novamente teorizando; desta vez, sobre as coisas que aconteceram a uma amiga muito querida e a quem me dei a liberdade de expressar o que pensava sobre sua situação atual. Terminada nossa conversa, algumas horas depois, retorna até mim com o inusitado pedido de que eu escrevesse para ela minha teoria sobre o que se passava consigo.


Isso me fez pensar e teorizar novamente. Não sobre os outros, mas a meu respeito e sobre o papel que, mesmo sem perceber, desempenho por aqui, nesse mundinho de gentes de todos os tipos, cores, credos, tamanhos e modos de sentir felicidade. Por falar na tal "felicidade", sinto-me sempre feliz quando acho que consegui ajudar alguma das pessoinhas que me são caras. Entretanto, e agora entra a teorização, mesmo as melhores tentativas de ajudar a quem amo podem acabar por se tornarem exatamente o oposto da boa intenção. Ou seja, tudo que faço e/ou tudo que intenciono geralmente é uma faca de dois gumes (pelo menos).


Dois gumes porque, teoricamente, em minha cabeça tudo se alinha e segue a uma lógica (e, como não há quem conteste os pensamentos em seu estado não verbal...) perfeitamente plausível. O problema, se é que posso chamá-lo assim, está na verbalização daquilo que até então era propriedade apenas minha. Compartilhar o que se processa no interior da mente passa pelo complicado processo de transformar sinapses em palavras conservando, o mais fielmente possível, o sentido original das coisas.


Se eu atendi ao pedido da minha amada amiga? Sim! E o fiz tentando manter a maior coerência possível, mas depois me dei conta de que aquilo sobre o que eu teorizava não era sobre mim. Era a respeito de uma pessoa muito importante para mim e eu corria o risco, exatamente por ter verbalizado, de estar veiculando as piores bobagens da face da Terra!


Fui impelida pela preocupação e pelo amor que sinto por essa amiga a pensar, teorizar e depois verbalizar minhas divagações. E, agora, depois de escrever, sem elucubrações, só consigo concluir que, praticamente, apenas o que não é teórico em minha existência é o amor.


Não o amor físico por alguém, mas esse sentimento de bem querer alguém ou alguma coisa a ponto de sentir preocupação e desejo de cuidar, de querer proteger e ajudar, mesmo que algumas vezes, nesse desejo de só fazer o bem, acabemos por alcançar o efeito contrário.


Mas, se você me perguntar qual o efeito da teoria que cheguei a escrever para minha amiga, não sei dizer. O resultado dela, como o de tantas outras ações da vida, só o amanhã conhece e guarda. O que tenho como certeza, além de que amo, é que passar a vida apenas na teoria não é algo que vale a pena. Medo de sofrer, do desconhecido, de ter a reação errada às coisas todo mundo tem. Mas deixar-se dominar por essas sensações e render-se a elas é, talvez, o que leva muitas pessoas a só teorizar viver e fazer, de fato, poucas coisas.


Antes de postar uma música da qual gosto muito, um recado de mim para mim e para quem mais concordar: a teoria é boa para evitar problemas, mas a prática, do que quer que seja, nos leva a aprendizagens inimagináveis. Assim sendo, me apossando do slogan da marca famosa, JUST DO IT!


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Teoria (Biquini Cavadão)


Eu sei que a vida inteira

Vou procurar desculpas pra mim mesmo

Pra tudo que eu faço, e o que fizer,


Das culpas me desfaço


Razões, as mais sinceras,

Vou formular, como se fosse teoria

E terei uma certeza que eu criei

E a mim mesmo explicaria



Mas tudo que eu faço hoje

Não é diferente do que antes eu fazia

Eu convencia o mundo inteiro

Só a mim mesmo, não convencia

Se tudo fosse teoria....



Eu quero explicar a todos o que sinto

Mas pareço acreditar que o tempo todo estou mentindo

Se Deus me explicasse, ao menos me conformaria

Mas como acreditar se Deus também é teoria.



Tudo que eu faço hoje

Não é diferente do que antes eu fazia

Eu convencia o mundo inteiro

Só a mim mesmo, não convencia

Se tudo fosse teoria...