Maternidade

Normal seria eu dedicar esta postagem apenas com as boas coisas da maternidade e falar o quanto amo minha filha e o quanto ela me completa.

Seria normal se eu também não fosse filha de uma mãe órfã.

Deixem-me explicar a expressão.

Uma das minhas irmãs faleceu com 28 anos de idade (há 10 anos) numa véspera de dia das mães. Desse dia em diante, minha mãe passou a ser uma mãe órfã de filha.

É normal também olharmos para nossas mães e vermos as mulheres fortes e poderosas, sábias conselheiras e amigas que aprendemos a admirar.

Pois neste dia das mães, tive que novamente aprender a ser mãe. Uma mãe postiça, adotiva, pra minha mãe enquanto ela chorava e extravasava o que tinha acumulado.

Todos sentimos falta da minha mana amada. Mas, nenhum dos 7 filhos que restaram pode substituí-la.

E fiquei pensando, enquanto tinha os cabelos grisalhos de minha mãe entre os dedos, em todas as Anas Carolinas que perderam alguma Isabella pelo caminho, nos pais e mães chineses escavando, com as mãos vazias, os escombros da escola em que estavam os seus pequeninos.

A gente sabe que mãe tinha que ter todo dia o seu dia. Mas, sinceramente, por esses dias, tenho mesmo refletido e pensado que nem pai nem mãe deveria existir mais que sua progênie.

Um pensamento egoísta de uma mãe, pode ser... não sei se suportaria ficar sem minha piquininha. Sei apenas que a minha amada mãe já não é a mesma depois que deixamos de ser 8 filhos a cada dia das mães. Sinto, talvez que ela também tenha morrido um pouco naquela véspera de dia das mães.

E o que dizer? Nada.

Não seria ninguém que valesse a pena sem a minha.

De tudo que vale a pena ser escrito, dito e repetido... só me concentro em uma.

JAMAIS SEREI CAPAZ DE AGRADECER TUDO QUE RECEBI DE MINHA LINDA MÃE... NEM QUE EU TENTE.

AMO-TE, MINHA MÃE!!!

ETERNAMENTE.

Já tava esquecendo...
Hoje é niver da madrinha da minha piquininha.

Felicidades Tibe!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!