quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Uma coisa simples de entender?

Estava eu dando uma passeada por blogs alheios e me deparei com uma listinha de coisas que algumas pessoas detestam nos blogs de terceiros. Entre os muitos itens havia uma referência aos blogs de quem posta suas próprias poesias. Daí pensei... "caramba, o que tem de errado em se sentir como um Pessoa, uma Florbela ou alguém assim?".

Aí pensei de novo... "e se eu realmente me sentir poeta?"

Ato contínuo, mais um pensamento: "mas, para que eu escrevo poemas?", "por que faço meus contos?", "pra quê posto no entrelinhas?".

E, juro, achei que fosse mais fácil responder a essas perguntas.

Motivo - Porque dá vontade.
Motivo - Porque me faz bem.
Motivo - Porque nem sempre quero falar em voz alta.
Motivo - Porque é uma forma de eu ouvir meus pensamentos.
Motivo - Porque eu me exorciso em cada letra.
Motivo - Porque, egoisticamente, não penso em mais nada enquanto escrevo.
Motivo - Porque, se mais pessoas lêem, cada um interpreta como quiser.
Motivo - Porque, às vezes, o que escrevo faz bem pra mais alguém.

Existem outras razões que, muito provavelmente, estariam embutidas em cada um desses motivos apresentados acima. Mas, existe um (o mais egoísta de todos) que supera todos eles.

ESCREVO PARA MIM E PARA MIM SOMENTE.

E, a grande magia da leitura e da escritura é que tudo nessa existência se conecta com algo mais. Daí que, de repente, não mais que de repente, um pensamento tortuoso da minha cabeça encontra conexão com um dos teus, igualmente labirintico. Daí que um sentimento de alegria, passeando pelas ondulações que expressa-lo provocou, chega e se aloja numa das esquinas dos sentimentos de uma criaturinha a mais. Então, aquilo que era só meu, unica e exclusivamente meu, dá a mão aos tantos outros unicamente alheios e se enredam.

Seria por isso que os grandes poetas são verdadeiramente grandes? Eu penso que não. Afinal, todo mundo tem coisas que, uma hora ou outra combinam, somam com pelo menos uma pessoa a mais. Penso que o que fez e faz os grandes serem assim chamados é a coragem.

Coragem de, mesmo sujeitos ao julgamento alheio, falarem (ainda que de si para si), escreverem, viverem. Porque, no fim das contas, tudo é meio público, por mais alto que se construa ao redor. Basta ter quem coloque a escada e olhar sobre o muro. E, ninguém deixa de construir uma piscina por causa disso, não é?

Assim, todos são bem-vindos a espiarem a piscina dos meus pensamentos... mas use a escada só quem for voyeur... porque os portões do entrelinhas estarão sempre escancarados.

3 comentários:

Unknown disse...

Concordo plenamente contigo.Acho uma afronta as pessoas criticarem a forma pela qual outras pessoas se expressam.Na minha opinião isso é dor de cotovelo e falta do que fazer.
Adorei o texto.

Rosa Canela disse...

Olá Amada ...são tantos os motivos né? e não será por "modinhas de Blog" que vc vai deixar de postar coisas tão tuas que acabam como vc mesma disse sendo tão minhas e de tantos outros que as vezes precisam das suas palavras doces.

Adoreiiii o post ...

Beijos com amor

Rosa

noname disse...

Depois de uns anos...rs, estou eu cá de volta!!

Pois é minha amiga... pra mim, essas críticas de nada servem, a não ser pra achar que eu e vc, dentre outras pessoas, sabem pensar por si só e expressar seus pensamentos e sentimentos sem ter que sair dando Ctrl + C textos alheios!

Me irrita povinho sem criatividade!! humpf!

Beijos em vc!!