quarta-feira, 13 de agosto de 2008

O lado negro da Força



Podem me chamar do que quiserem... Adoooooooro a Saga dos Jedi.
E, apesar de terem começado a filmar do meio pro fim e depois voltarem pro começo, fazendo a "loira" aqui ficar confusa no início da coisa, isso só aumentou minha curiosidade e vontade de fechar o todo de uma vez.


Acho que o que mais me fascina nos seis episódios é a passagem e a transformação das personagens. Tipos literalmente universais para descrever o humano.


E, constantemente, encontro-me com os diversos caracteres do épico andando pelas ruas. Ou mesmo entre os amigos, vejo a Princesa Leia, o pequeno Anny, mestres Yoda, muitos Jar Jar, algumas Padmé Amidala, enfim...


Dias há em que acordo com um desejo inegável de ser outra, de liberar "o lado negro da força", de ser o próprio Darth Vader. Dar vazão aos instintos primários e selvagens, em todos os amplos sentidos que essa afirmação pode implicar. Dar menos importância ao que "os outros vão dizer". Mas, nem sempre dá, não eh verdade?

Outra coisa, acho mesmo que vivo num lado negro. Não que eu me esconda nele, mas porque a sociedade condenou pessoas que vivem e amam como eu ao gueto velado do preconceito. É como se cada uma das cores do arco-íris que nos "representa" ajudasse a compor, contrariamente ao que o disco de Newton, quando girado, mostra (que a fusão de todas as cores é o branco e não o preto), um prisma negro.


Bom, a questão é: se você misturar os pigmentos das demais cores, o resultado final realmente será o preto. Mas, se deixar isso a cargo dos olhos, diante de um disco de Newton em rotação suas retinas captarão apenas o branco. Então, qual a verdade? Qual delas está correta?

Ambas. O ponto central é que, tanto na vida como num laboratório, tudo depende do referencial e da luz.


O que eu quero dizer com isso? Tudo depende do ponto de vista da criatura acerca da vida, do que é "moral", "correto" e da "luz", do esclarecimento que a pessoa tem sobre as coisas. Se eu quiser misturar as cores e ver o preto ou se eu enxergar no arco-íris o branco, é uma questão eminentemente pessoal.


Lados negros todos têm, sejam os intimos fantasmas internos ou os mitos sociais e culturais. Não adianta sonhar que tudo é absoluto. Uma hora ou outra alguém pinga uma gota de branco no seu fundo preto e aí, dependerá do seu modo de ver as coisas se vai ter uma estrela no papel ou um borrão.


Muito além de depender do olhar, a diferença esta nas nossas mãos...


Beijos orvalhados.

2 comentários:

Rosa Canela disse...

Olá Amada ...tb axho que tudo depende da forma como enxergamos as coisas ... o lado negro não é tão negro assim...

O que importa mesmo ao meu ver é tenhamos a certeza de que ninguém é 100% pureza ...e que é exatamente esta a graça de tudo ..de interagir com as diferenças e saber que cada dia podemos ser ainda mais diferentes ..ainda mais surpreendentes ...

Vc me surpreende a cada texto e tb a cada sonho ..

Cores pra ti ..

Rosa

Rosa Canela disse...

Saudade e muitaaa