Um poema da maravilhosa Florbela Espanca. Uma musa.
EU
Até agora eu não me conhecia.
Julgava que era Eu e eu não era
Aquela que em meus versos descrevera
Tão clara como a fonte e como o dia.
Mas que eu não era eu não o sabia
E, mesmo que o soubesse, não o dissera...
Olhos fitos em rutila quimera
Andava atrás de mim... e não me via!
Andava a procurar-me - pobre louca! -
E achei o meu olhar no teu olhar,
E a minha boca sobre a tua boca!
E esta ânsia de viver, que nada acalma,
É a chama da tua alma a esbracejar
As apagadas cinzas da minha alma!
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3 comentários:
dentre tantos, é lindo esse poema.
Tenha um belo dia
maurizio
Amada ..passando primeiro pra dizer que não existe nada que seja capaz de ferir mais do que a saudade q tenhu de ti..mais em pensamento me coloco pertinho de vc e com carinho vou matando essa saudade maluka por aqui mesmo ..vendo teus escritos e quando não são teus ainda sim dizem muito de ti!
Nem tenho o que dizer de Florbela Espanca..o meu "Cirandas" esta repleto dela..por que ela consegue traduzir com perfeição o que me vem a alma ..
Perfeito seu post ..como tudo que encontro em ti!
Beijos com amor
Rosa
Amada ...roubei teu pacto ...e coloquei no "Cirandas" ...não fique brava comigo ta bom ??
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