quinta-feira, 5 de junho de 2008

Haveres

Há dias que são noites desde seu início.
Noites há que iluminam a existência
Entre tardes que se vão cedo demais.

Momentos há sempre propícios
Para beijos que transferem a essência
Dos seres que se tocam etereamente carnais.

Há descaminhos que se encontram.
Encontros que nos desencaminham.
Passos desencontrados pelos caminhos.

Há tantos nadas para tudo.
Muitos tudos que são nada.
E nada há que seja tudo.

Inexistem, no entanto, palavras
Descritivas que conotem
O que por ti denoto.

Há eternos sentimentos
Escondidos nos segundos
Das terceiras intenções.

Há intenções eternas
Mantidas em sentimentos
Que segundos duram.

Há os primeiramente eternos
E os eternamente primeiros.

Haveres sempiternos
Entre palmas de espinheiros.

3 comentários:

Rosa Canela disse...

Amada ..

Há descaminhos que se encontram.
Encontros que nos desencaminham.
Passos desencontrados pelos caminhos.

Senti na alma cada palavra do seu poema hj ...

Perfeito

beijos

Rosa

noname disse...

Aiai...

O que dizer a não ser que vc minha amiga Dew, respira poesia?

Aprendendo mto contigo!

ótimo! Adorei..." há eternos sentimentos, Escondidos nos segundos, Das terceiras intenções."

=*

Paula disse...

Lindo poema... nem tem nem como comentá-lo...