sexta-feira, 4 de julho de 2008
Entre Morganas e Guineveres
A mente ferve idéias
Cujo sabor é acre.
O cérebro, cadinho mágico,
prepara frases compensatórias, doces.
O corpo tece dedos, cabelos,
Orifícios, exercícios, ofícios.
A química dos amantes
Escorre, percorre caldeirões
De alquímicos falos em atos,
Em cadeias, candeias em halos.
A alma prestidigita encantamentos
Converte ao sacro profanações,
Conjurações aos inconstantes.
Druidas, feiticeiras, bruxas e magos.
Elementos carnais em práticas
Nada banais. Ebulições de abraços
Fermentações de fendas a jorrar
Humores, vetores, calores.
A atiçar dragões e enrijecer nexos.
Elos e correntes a pilar, nas
Reentrâncias do corpo, a alma nua
Que reza para a lua crescente
Seus desejos regados a parafinas
De velas a queimar a pele crua.
O corpo, a mente, a alma, o ar,
A terra, os céus e a fogueira
Das vaidades se fundem em ritos.
Vadios vasilhames de vilanias e
Vicissitudes e virtudes e vícios.
E, no caldeirão das misturas,
Fazem de fluidos novas criaturas.
Artes secretas em cavernas, gretas.
E o chumbo, o mercúrio, o fósforo
Convertem-se em enxofre, em pólvora.
E, por fim, tudo que resta
É esta aresta em polvorosa.
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2 comentários:
Olá Amada !!
Lindooo ...nem posso dizer que o que vc escreve é perfeito sem ser repetitiva!
Amo seu jeito apaixonado de escrever..
Beijos
Rosa
Amada ..saudades
beijos
Rosa
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