quarta-feira, 22 de junho de 2016

Eu Sinto

EU SINTO


Há uma penumbra no canto
da sala, do olho, da alma
Há um frio a correr e escorrer
a espinha, pela boca, pela alma
Há odores velados
nas cores, nas peles, nas almas
Há um mormaço denso, pulsando
com ares, aos pares, pelas almas
Há o silêncio, o tédio, a falta
na ponta dos dedos, nos arremedos
Há tantas coisas nos bares, nos altares
Sinto com meus cocares, em seus
Falares, nos seus olhares e em seus calares
Eu sinto, sou gente, tenho alma
Sou mais que contingente. Perceba!
Eu sinto, sou da terra, sou gente!

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