A vida é um rolinho primavera.
O amor, agridoce molho,
Complementa seus sabores.
Alguns sentem apenas o acre.
Outros paladares, o doce.
O rolinho-vida necessita frituras.
Aquecem a massa,
Acertam o ponto.
Providenciam cor.
Põem fim à crueza.
Vida enrolada. Amores idem.
Os que se tornam acres.
Só têm correção com um
Que lhes pareça doce.
Seus opostos, degustados,
Em horas duras, amarguradas,
Convertem papilas gustativas
Em fontes de águas vivas.
A vida é um rolinho primavera.
O molho, agridoce amor,
Avermelhado sangue,
Escorre no corpo
Morto a frituras.
Incapaz de curar tais queimaduras.
O rolo chamado vida, recheado
A sabores e dissabores,
Acontece para todos os
Paladares. Diferenciam-se
Apenas os modos de
Degustação.
Saboreada a talheres, ou
Com os dedos das mãos.
Minha agridoce vida saboreei
Às mordidas, dentadas,
Roídas, Lambidas.
Prazeres sacros
De um rei pagão.
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2 comentários:
Adorei! Mas exijo direitos autorais pelo "rolinho primavera"! Rsrsrs...
Beijos p/ vc!
Ana
Lindo texto amiga amada ...
tenha um ótimo dia !!!
beijos ternos
Rosa Canela
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