E o teu ferrão,
Língua afiada,
na minha boca,
Injeta em mim
O teu veneno
E o impacto
Dessa onda
De carne rubra
Me faz sentir
Provar, sugar
A doce dor
De um escorpião.
E minha pele
Expele o câncer
De ser virgem
Vítima imolada
Nas balanças
Dos teus altares
E trazes a mim
As luas novas
Dos teus gêmeos
Olhos a mostrar
Constelações
De prazer, de touro
Viril me apassivando.
E a ameaça
De tua fome, leão,
Ruge aos meus
Ouvidos que,
Cheios de tua
Trama oral
Me tornam
Cálice, ventre
Vulcão.
E só aos astros
Permitimos
Interferir, olhar
Cobiçar, invejar
A dança dos signos
Que nossas mãos
Tecem, em êxtase.
5 comentários:
" E o impacto dessa onda de carne rubra me faz sentir, provar , sugar a doce dor de um escorpião"
Adorei meu Anjo! cada poema que escreve fico maravilhada, que Deus te ilumine e continue compondo lindos poemas.
T.A bjus
Que texto bem elaborado, impactante, atraente aos olhos, gostei mesmo muitooo. seus textos é do tipo que quando lemos nos identificamos . muito lindo parabéns. vejo sua estrelinha brilhar... bjos ^^ *-*
"E a ameaça
De tua fome, leão,
Ruge aos meus
Ouvidos que,
Cheios de tua
Trama oral
Me tornam
Cálice, ventre
Vulcão."
Divino, fabuloso, espetacular. Acho que esse poema diz muito da minha fase atual. E como sou pisciana, sou todos os signos em um só.
Amei.
os astros não mentem. belíssimo poema. (alda maria)
Dé, parabéns!!! Como é gostoso e intenso te ler. Vc dança com as palavras. Bela condução!
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